1. |
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João e Noon apresentam: "Terra-Mãe"
Uma compilação de temas criados nos últimos meses
Em momentos que mais serviram como fuga à realidade
O título serve como uma ode às origens
Ao chão que nos acolhe e nos sustenta os pés
Em alturas em que a cabeça pouco pousa
Onde o juvenil e o urbano conhecem o gentil
Até o insano, e o fio que conduz é a voz
Na terra-mãe, correr é livre
Para poder manter vivo
O filho que reluz em nós
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2. |
até dez
01:46
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Eu durmo entre estas quatro
E conto até três
Fomos dois neste quarto
Sozinho não me vês
Eu durmo entre estas quatro
E conto até três
Fomos dois neste quarto
Sozinho não me vês
Eu durmo entre estas quatro
E conto até três
Fomos dois neste quarto
Sozinho já 'tou farto
Vais ver que não me vês
Se incomodo o teu bem-estar
É porque não sei estar cercado
Sete chagas no meu corpo
E o meu corpo não foi tocado
Focado, estás à espera que inove um bocado
Fiz-te contar até dez, dez motivos p'ra estar calado
Se incomodo o tеu bem-estar
É porque não sеi estar cercado
Sete chagas no meu corpo
E o meu corpo não foi tocado
Focado, estás à espera que inove um bocado
Fiz-te contar até dez, dez motivos p'ra estar calado
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3. |
rosa rubra
03:25
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Deixa que eu te descubra
Minha flor, minha rosa rubra
A contar hoje ver-te na curva
Cântaros, verto na chuva
A cantar os verdes da lusa
A apontar os dedos à luta
A aprontar os versos pra musa
Minha flor, minha rosa rubra
Deixa que eu te descubra
Minha flor, minha rosa rubra
A contar hoje ver-te na curva
Cântaros, verto na chuva
A cantar os verdes da lusa
A apontar os dedos à luta
A aprontar os versos pra musa
Minha flor, minha rosa rubra
Tive uma visão turva
Vi, são, tu a abrires-me a pele suja
A vires-me salvar do abismo
Um sismo a dançar, rosa surda
A ouvires-me cantar nossa purga
Pega, afaga, pargas, rugas
Nossa fuga, rosa rubra
Deixa que eu te encubra, deixa que eu te descubra
E cubra o frio neste fim
A deixa é que eu te encubra na fuga deste jardim
Queixas que eu dou pouco do pouco que há em mim
Eu dou-te o espaço que quiseres
P'ra cresceres, oh meu jasmim
(Ai aah- ai aah)
Tu que és a minha rosa
O valor da minha prosa
E de tudo que eu te escrevo
(Ai aah- ai aah)
Vou-te colher com a mão
Nem que seja a última coisa que me sangra o dedo
Deixa que eu te descubra
Minha flor, minha rosa rubra
A contar hoje ver-te na curva
Cântaros, verto na chuva
A cantar os verdes da lusa
A apontar os dedos à luta
A aprontar os versos pra musa
Minha flor, minha rosa rubra
Deixa que eu te descubra
Minha flor, minha rosa rubra
A contar hoje ver-te na curva
Cântaros, verto na chuva
A cantar os verdes da lusa
A apontar os dedos à luta
A aprontar os versos pra musa
Minha flor, minha rosa rubra
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4. |
pontos (interlúdio)
02:39
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Com a mão na cabeça
Pode ser que te esqueça
E vás embora na pressa
Sou a presa que te interessa
Com a mão na cabeça
Pode ser que te esqueça
E vás embora na pressa
Sou a presa que te interessa
Entraste na minha mente mas acho que não estou pronto
Eu estou reticente, tu pra saíres deixas pontos
Tenho a cabeça aberta por tua causa
A еsvair-me em versos, canto da sala
O tеu colo é o chão que me consola
Colchão que me embala
Colchão que me embala
Aiaiai, eu já te disse sai
Ah, eu já te disse vai
Aiaiai, vê onde isso vai
Esconde o riso sai, aiaiaiah
Aqui dentro o sol não raia
Aqui dentro o som não espalha
Aqui dentro o sol não raia
Com a mão na cabeça
Pode ser que te esqueça
E vás embora na pressa
Sou a presa que te interessa
Com a mão na cabeça
Pode ser que te esqueça
E vás embora na pressa
Sou a presa que te interessa
Rasga-me o ódio na cara a ver se sara
A ver se para de sangrar
A ver-se carne, a ver-se karma
A ver se para de soltar na minha cama
A ver-se a cara de espantar de quem esperava
Que fosse o verso da verdade
E não a verdade versada
Mais uma vela
Outra rajada de vento
Que me empurra pra longe
Mais longe do crescimento
Mais uma cela
Outra rachada por dentro
Mas por fora bem por fora
Liberta-me o sentimento
Eu 'tou lento a aperceber-me que 'tou lento
Cem porcento de mim passa por sendo d'outro corpo
Eu tenho a alma presa noutro corpo
Enquanto que o meu já jaz
De pá, a paz me enterra morto
Com a mão na cabeça
Pode ser que te esqueça
E vás embora na pressa
Sou a presa que te interessa
Com a mão na cabeça
Pode ser que te esqueça
E vás embora na pressa
Sou a presa que te interessa
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5. |
terra-mãe
02:44
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Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
À minha volta só vejo armadilhas
O sol derrеteu a sola mole das minhas sapatilhas
Pisei solo fértil
Fui fútil, fui cético
Rеzei à terra-mãe, mas se ela tem mais filhas
Eu já pisei ilhas e dei por mim isolado
Cantei p'ra que alguém me ouça
Só ouvi "sê força mas sê sem cedilhas"
Eu já pisei milhas e dei por mim do outro lado
Estrelas chamaram-me aluado
Por isso é que não brilhas
Onde é
Que eu meto o meu pé
E evito a minha fé
Num rito, qual é
O grito sincero
Na pele em que habito
Sou um bicho sensível
Num nicho sem céu, num sítio sem teto
Sem chão
E reflito na questão
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto a mão no escuro
Sinto a tua e estou seguro
Tu que seguras tudo
Onde é que eu tinha a cabeça
P'ra pensar que isto te interessa
Ouvires que eu não tenho futuro
Onde é
Que eu meto o meu pé
Que eu meto o meu pé
Que eu meto o meu pé
Onde é
Que eu meto o meu pé
Que eu meto o meu pé
Que eu meto o meu pé
Que eu meto o meu pé
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6. |
na tua mão
02:40
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Encosto-me ao pescoço
P'ra sentir a pulsação
Esta batida que ouço
É o bater do coração
Então
O que é que é este som
Tens um tambor na tua mão
Se me bateres com mais força
Pode ser que alguém te ouça
E queira vir dançar
Ao som desta união
Ao som desta união
Tens-me na tua mão
(Tens-me na tua mão)
(Tens-me na tua mão)
(Tens-me na tua mão)
(Tens-me na tua mão)
[lil noon]
E se queres vir sentir a pulsação
Vem só e não digas que não
Não vais negar esta (A)tração
Skrt skrt skrt, volante na mão
Eu estou num bimma
Eu estou na minha
Eu já nem piso o travão
É p'ra cima
E se ruges tipo um trovão
Marcas o clima
'Tás a corar tipo um botão
E queres que eu prima
Falta-me a rima
Que te defina
Se não terminar a canção
A culpa não é minha
Encosto-me ao pescoço
P'ra sentir a pulsação
Esta batida que ouço
É o bater do coração
Então
O que é que é este som
Tens um tambor na tua mão
Se me bateres com mais força
Pode ser que alguém te ouça
E queira vir dançar
Ao som desta união
Ao som desta união
Tens-me na tua mão
Vi-te num quarto escuro
Estamos num barco, eu furo
P'ra afogar no teu olhar
E irmos juntos ao fundo
Foi o som de fundo que me fez dançar
Agora estou de joelhos só p'ra te ouvir a cantar
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7. |
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[Verso 1: joão não]
Enquanto toca o tema que me lembra da tua voz
Trauteio o poema que fiz a pensar em nós
Não sinto que haja problema mas sinto-me aqui a sós
E tu longe e serena, e eu trauteio o poema
Dou um passinho pra frente e dois para o balcão
Sinto o calor da aguardente, lembra o quente da tua mão
E se te vejo de repente, não controlo a emoção
Mas tu estás longe e serena, e еu trauteio o poema
Na pista, a vista é escassa
Passa na fеsta que esta é a nossa dança
Sabes o que eu quero quando apago o fado
Canta-me no leito, foca no perfeito
Quero ouvir aquela que me lembra dela
Tropeço e peço "DJ, toca-me no peito"
Quero ouvir aquela que me lembra dela
Tropeço e peço "DJ, toca-me no peito"
[Refrão: joão não]
Na danceteria eu 'tou lone
Não é discoteca nem club
Sempre à procura do teu love
Na danceteria eu 'tou gone
Na danceteria eu 'tou lone
Não é discoteca nem club
Sempre à procura do teu love
Na danceteria eu 'tou gone
[Verso 2: Kenny Berg]
Não consigo esperar mais
Adeus amigos, adeus pais
Não quero euros, só reais
Vou c'os meus, somos os tais
Vou ter contigo ao cais
Levo vinho, levo sais
Vem comigo, tu não cais
Vou contigo, não há lies
Não há lies
Não há festas nem party
Danceteria nem mais
Sei que hoje 'tás sozinha
Home alone sem os teus pais
Nem preciso de motorista para te encontrar no sky
Ontem estava em baixo, hoje não
Folhas aqui caem mas eu não
Tua b em baixo porque eu não
Vou ser o seu amor de verão
Ontem estava em baixo, hoje não
Folhas aqui caem mas eu não
Se for falar de mim, tenho um cartão sim
Se for falar dos outros, tenho um cartão não
Maluquices no colchão, tão bom
Tua bitch em emoção com o meu som
Na danceteria 'tou lone, 'tou lone, 'tou lone
Maluquices no colchão, tão bom
Tua bitch em emoção com o meu som
Na danceteria 'tou lone, 'tou lone, 'tou lone
[Verso 3: Mike El Nite]
Avanço p'la danceteria a dentro
Num lance de ver se te avias memo
Só danço por gosto e não canso à procura do ranço
De tar na tua via cedo
Parece que a tua anatomia acende
Um processo que se desse eu trazia sempre
No cerne do cérebro magia quente
Que aquece na decibaria assente
Sou Messi com o step e com o livre p'ra dentro
Tua besty é nasty, quer vir com a gente
Vou mudando mudanças p'ra isso ir p'rá frente
Procurando andanças que vão virar incêndio
E o tempo congela tipo sou miúdo
Faço o meu move, digo o "love you"
Mas tenho de me fazer ao piso, e tu?
Ficas ou vens p'rá minha moradia
Ou dás-me o 96 ou um 69, 30/30
E um gajo partilha a location p'ra ti, ya
E tu vais lá ter e vais ver o que é vida
Ou então apita e a gente combina
Mas acho melhor vires tou sem bateria
Avisa a tua amiga que se quiser siga
E vamos sair e ver o nascer do dia à saída da danceteria
Na danceteria eu 'tou lone
Não é discoteca nem club
Sempre à procura do teu love
Na danceteria eu 'tou gone
Na danceteria eu 'tou lone
Não é discoteca nem club
Sempre à procura do teu love
Na danceteria eu 'tou gone
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joão não Porto District, Portugal
João Não nasceu em Gondomar, onde ainda reside, mesmo ao final do milénio passado.
Depois de vários
anos ligados à escrita e à música, assume aqui um passo mais sério, apresentando-se como “intérprete de canções”, querendo dessa forma demonstrar o valor que dá à liberdade criativa.
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